Estudo conecta clima extremo a aumento de casos de Febre do Oropouche na América Latina 1i1018 IDOR – Instituto D'Or de Pesquisa e Ensino array(68) { ["SERVER_SOFTWARE"]=> string(6) "Apache" ["REQUEST_URI"]=> string(103) "/instituto/idorestudo-conecta-clima-extremo-a-aumento-de-casos-de-febre-do-oropouche-na-america-latina/" ["PHP_PATH"]=> string(24) "/opt/bitnami/php/bin/php" ["FREETDSLOCALES"]=> string(0) "" ["FREETDSCONF"]=> string(0) "" ["OPENSSL_ENGINES"]=> string(31) "/opt/bitnami/common/lib/engines" ["OPENSSL_CONF"]=> string(39) "/opt/bitnami/common/openssl/openssl.cnf" ["SSL_CERT_FILE"]=> string(52) "/opt/bitnami/common/openssl/certs/curl-ca-bundle.crt" ["CURL_CA_BUNDLE"]=> string(52) "/opt/bitnami/common/openssl/certs/curl-ca-bundle.crt" ["LDAPCONF"]=> string(42) "/opt/bitnami/common/etc/openldap/ldap.conf" ["GS_LIB"]=> string(43) "/opt/bitnami/common/share/ghostscript/fonts" ["MAGICK_CODER_MODULE_PATH"]=> string(60) "/opt/bitnami/common/lib/ImageMagick-6.9.8/modules-Q16/coders" ["MAGICK_CONFIGURE_PATH"]=> string(73) "/opt/bitnami/common/lib/ImageMagick-6.9.8/config-Q16:/opt/bitnami/common/" ["MAGICK_HOME"]=> string(19) "/opt/bitnami/common" ["PATH"]=> string(260) "/opt/bitnami/apps/wordpress/bin:/opt/bitnami/varnish/bin:/opt/bitnami/sqlite/bin:/opt/bitnami/php/bin:/opt/bitnami/mysql/bin:/opt/bitnami/letsencrypt/:/opt/bitnami/apache2/bin:/opt/bitnami/common/bin:/usr/local/sbin:/usr/local/bin:/usr/sbin:/usr/bin:/sbin:/bin" [""]=> string(6) "daemon" ["HOME"]=> string(9) "/usr/sbin" ["SCRIPT_NAME"]=> string(10) "/index.php" ["QUERY_STRING"]=> string(0) "" ["REQUEST_METHOD"]=> string(3) "GET" ["SERVER_PROTOCOL"]=> string(8) "HTTP/1.0" ["GATEWAY_INTERFACE"]=> string(7) "CGI/1.1" ["REDIRECT_URL"]=> string(103) "/instituto/idorestudo-conecta-clima-extremo-a-aumento-de-casos-de-febre-do-oropouche-na-america-latina/" ["REMOTE_PORT"]=> string(5) "45807" ["SCRIPT_FILENAME"]=> string(44) "/opt/bitnami/apps/wordpress/htdocs/index.php" ["SERVER_"]=> string(15) "[email protected]" ["CONTEXT_DOCUMENT_ROOT"]=> string(34) "/opt/bitnami/apps/wordpress/htdocs" ["CONTEXT_PREFIX"]=> string(0) "" ["REQUEST_SCHEME"]=> string(4) "http" ["DOCUMENT_ROOT"]=> string(34) "/opt/bitnami/apps/wordpress/htdocs" ["REMOTE_ADDR"]=> string(13) "18.228.86.237" ["SERVER_PORT"]=> string(2) "80" ["SERVER_ADDR"]=> string(11) "172.26.1.14" ["SERVER_NAME"]=> string(13) "54.225.48.228" ["SERVER_SIGNATURE"]=> string(0) "" ["LD_LIBRARY_PATH"]=> string(410) "/opt/bitnami/sqlite/lib:/opt/bitnami/mysql/lib:/opt/bitnami/apache2/lib:/opt/bitnami/common/lib:/opt/bitnami/sqlite/lib:/opt/bitnami/mysql/lib:/opt/bitnami/apache2/lib:/opt/bitnami/common/lib:/opt/bitnami/varnish/lib:/opt/bitnami/varnish/lib/varnish:/opt/bitnami/varnish/lib/varnish/vmods:/opt/bitnami/sqlite/lib:/opt/bitnami/mysql/lib:/opt/bitnami/apache2/lib:/opt/bitnami/common/lib:/opt/bitnami/common/lib64" ["HTTP_COOKIE"]=> string(340) "cookieconsent_status=dismiss; fb_cookieconsent_status=dismiss; _clsk=306h31%7C1749833849105%7C1%7C1%7Ci.clarity.ms%2Fcollect; _clck=1lr1pa1%7C2%7Cfwq%7C0%7C1990; __cf_bm=jWBG4AK5nzZi6e9i672FnhqlbtCB5U1REvF86u0egTs-1749833843-1.0.1.1-8r1fweJLkDjGvCnY9MVp_gGitMdgFW8ycg8EvCxwSumqoBU_u5RK6NQbav88TSl1MZCCluohMGbPeK2GwHWmzbf8IqalGIFidXqFZB0koxk" ["HTTP_CDN_LOOP"]=> string(19) "cloudflare; loops=1" ["HTTP_CF_CONNECTING_IP"]=> string(36) "2804:389:81ac:d7c7:cdfe:c04f:2de:200" ["HTTP_REFERER"]=> string(49) "/instituto/idor/" ["HTTP__AGENT"]=> string(135) "Mozilla/5.0 (iPhone; U iPhone OS 18_5 like Mac OS X) AppleWebKit/605.1.15 (KHTML, like Gecko) Version/18.5 Mobile/15E148 Safari/604.1" ["HTTP_SEC_FETCH_MODE"]=> string(8) "navigate" ["HTTP_ACCEPT_LANGUAGE"]=> string(14) "pt-BR,pt;q=0.9" ["HTTP_SEC_FETCH_DEST"]=> string(8) "document" ["HTTP_SEC_FETCH_SITE"]=> string(11) "same-origin" ["HTTP_ACCEPT"]=> string(63) "text/html,application/xhtml+xml,application/xml;q=0.9,*/*;q=0.8" ["HTTP_CF_VISITOR"]=> string(22) "{\"scheme\":\"https\"}" ["HTTP_CF_RAY"]=> string(20) "94f321271f0664d3-GRU" ["HTTP_ACCEPT_ENCODING"]=> string(8) "gzip, br" ["HTTP_CF_IPCOUNTRY"]=> string(2) "BR" ["HTTP_TRUE_CLIENT_IP"]=> string(36) "2804:389:81ac:d7c7:cdfe:c04f:2de:200" ["HTTP_X_AMZN_TRACE_ID"]=> string(40) "Root=1-684c5890-606b57935a98e15c0f8b4bbd" ["HTTP_X_FORWARDED_PORT"]=> string(3) "443" ["HTTP_CONNECTION"]=> string(5) "close" ["HTTP_X_FORWARDED_PROTO"]=> string(4) "http" ["HTTP_X_FORWARDED_FOR"]=> string(65) "2804:389:81ac:d7c7:cdfe:c04f:2de:200, 172.69.39.23, 10.247.45.124" ["HTTP_X_REAL_IP"]=> string(13) "10.247.45.124" ["HTTP_X_FORWARDED_HOST"]=> string(25) "rededorsaoluiz-br.noticiasgoianas.com" ["HTTP_HOST"]=> string(13) "54.225.48.228" ["SCRIPT_URI"]=> string(123) "http://54.225.48.228/instituto/idorestudo-conecta-clima-extremo-a-aumento-de-casos-de-febre-do-oropouche-na-america-latina/" ["SCRIPT_URL"]=> string(103) "/instituto/idorestudo-conecta-clima-extremo-a-aumento-de-casos-de-febre-do-oropouche-na-america-latina/" ["REDIRECT_STATUS"]=> string(3) "200" ["REDIRECT_SCRIPT_URI"]=> string(123) "http://54.225.48.228/instituto/idorestudo-conecta-clima-extremo-a-aumento-de-casos-de-febre-do-oropouche-na-america-latina/" ["REDIRECT_SCRIPT_URL"]=> string(103) "/instituto/idorestudo-conecta-clima-extremo-a-aumento-de-casos-de-febre-do-oropouche-na-america-latina/" ["FCGI_ROLE"]=> string(9) "RESPONDER" ["PHP_SELF"]=> string(10) "/index.php" ["REQUEST_TIME_FLOAT"]=> float(1749833872.6942) ["REQUEST_TIME"]=> int(1749833872) }

Estudo conecta clima extremo a aumento de casos de Febre do Oropouche na América Latina 555v27

Estudo conecta clima extremo a aumento de casos de Febre do Oropouche na América Latina 555v27

Pesquisa internacional com participação do IDOR mapeou fatores ambientais e regiões mais vulneráveis à transmissão do vírus, que já causa surtos em diversos estados brasileiros 3c4f46

Em meio ao aumento expressivo de casos de febre do Oropouche no Brasil e em outros países da América Latina, um estudo inédito publicado no periódico The Lancet identificou os principais fatores por trás da disseminação do vírus, revelando quais regiões estão mais suscetíveis à transmissão. A pesquisa contou com a participação do Dr. Fernando Bozza, do Instituto D’Or de Pesquisa e Ensino (IDOR) e da Fiocruz, e integra um esforço internacional para compreender e conter o avanço desse arbovírus.

Uma doença em expansão territorial

Desde o final de 2023, a América Latina vivencia um surto sem precedentes de febre do Oropouche. Historicamente à região amazônica, o vírus atualmente alcança regiões costeiras, diversos estados brasileiros e parte da América Central.

Em 2023, no Brasil, os casos confirmados não chegavam a 900 notificações, enquanto em 2024 elas escalaram para mais de 13 mil. Em 2025, segundo o Epidemiológico do Ministério da Saúde, já houve quase 8 mil registros — cerca de metade apenas no mês de janeiro, quando eventos climáticos extremos marcaram o verão do país.

Entendendo o alastramento da doença

Diante dessa expansão acelerada, pesquisadores de seis países latino-americanos (Brasil, Bolívia, Colômbia, Costa Rica, Equador e Peru) reuniram amostras de sangue coletadas entre 2001 e 2022 para investigar a circulação histórica do vírus. Ao todo, foram analisadas mais de 9 mil amostras de soro em laboratório, usando testes sorológicos e genéticos. O objetivo era identificar os padrões de infecção ao longo do tempo e elaborar modelos preditivos de risco com base em variáveis socioambientais.

Os resultados surpreenderam os cientistas. A taxa média de detecção de anticorpos contra o vírus foi de 6,3%, com variações regionais significativas. As áreas com maior risco de transmissão segundo o modelo sorológico incluíam a bacia do Rio Amazonas, regiões costeiras e o sul do Brasil, além de partes da América Central e ilhas do Caribe — o que se alinha com os dados atuais de surtos reportados pela Organização Pan-Americana da Saúde.

Apesar dos pesquisadores não encontrarem evidências de que a recente explosão de casos esteja relacionada a mutações genéticas no vírus, o estudo identificou fortes correlações com fatores climáticos. A análise estatística apontou que mais de 60% da contribuição para o risco de transmissão foi explicada por variáveis como temperatura e volume de chuvas. O El Niño — fenômeno climático que aquece as águas do Pacífico e altera os padrões meteorológicos — foi apontado como possível catalisador dos surtos recentes de 2023 e 2024.

Utilizando técnicas avançadas de aprendizado de máquina (machine learning), os autores conseguiram construir mapas de risco com alta precisão. Um dos modelos, baseado na presença ou ausência de anticorpos para o vírus da doença, obteve acurácia de 79%, e os locais identificados como mais vulneráveis apresentaram correlação significativa com a incidência real da doença em 2024.

O estudo também demonstrou que o vírus continua a circular silenciosamente em regiões endêmicas, com diferentes intensidades, reforçando a necessidade de ampliar o diagnóstico clínico e laboratorial.

Transmissão e diagnóstico

Causada pelo vírus Oropouche (OROV), a febre oropouce é transmitida pela mosca Culicoides paraensis, também chamada de maruim ou mosquito-pólvora. Hoje, o diagnóstico da febre do Oropouche depende da avaliação de sintomas associados a fatores epidemiológicos, como a ocorrência de casos em determinada região ou o deslocamento do paciente a áreas afetadas.

Com a crescente dispersão geográfica e os desafios para o diagnóstico preciso, os autores defendem a inclusão sistemática da febre do Oropouche nos sistemas nacionais de vigilância, especialmente em contextos de surtos febris com sintomas inespecíficos.
A pesquisa liderada oferece uma visão ampla e inédita sobre o comportamento do vírus Oropouche ao destacar o papel do clima e mapear áreas de risco com alta precisão. As descobertas são valiosas para que governos e instituições de saúde se antecipem a novos surtos e protejam populações vulneráveis.

[Leia também: Altas de temperatura agravam epidemias de doenças infecciosas como a dengue]

Escrito por Maria Eduarda Ledo de Abreu.

11.06.2025

Conteúdo Relacionado 13w28
Fale com a gente.