De acordo com dados do Ministério da Saúde, são registrados mais de 6 mil novos casos por ano no país. Além disso, as taxas de mortalidade vêm apresentando crescimento gradual desde 2010, com mais de 10 mil óbitos registrados entre 2019 e 2021. Esses números reforçam a importância do diagnóstico precoce, da prevenção e do autocuidado para melhorar os desfechos relacionados à doença.
Ainda de acordo com dados do Ministério da Saúde, mais de 18 mil brasileiros aram por uma nefrectomia nos últimos cinco anos. Este é o procedimento cirúrgico para a retirada parcial ou total do rim e, na maioria dos casos, está diretamente relacionado ao câncer. Esses números reforçam a seriedade do câncer renal, que representa cerca de 3% dos tumores malignos urológicos e acomete majoritariamente homens a partir dos 50 anos.
A gravidade da doença está, em grande parte, associada ao diagnóstico tardio. Muitos casos são identificados em estágios avançados, o que exige tratamentos mais agressivos, como a nefrectomia total. Felizmente, quando detectado de forma precoce, o câncer de rim pode ser tratado com abordagens menos invasivas, aumentando as chances de cura e preservando, sempre que possível, a função renal.
O processo diagnóstico envolve uma combinação de avaliação clínica, exames laboratoriais, análise de urina e exames de imagem, como ultrassonografia, tomografia computadorizada e ressonância magnética. Esses recursos são fundamentais para identificar a extensão do tumor e definir a estratégia terapêutica mais adequada para cada paciente.
A prevenção do câncer de rim está diretamente ligada à adoção de hábitos saudáveis. Fatores como tabagismo, obesidade, hipertensão arterial e consumo excessivo de álcool aumentam significativamente o risco da doença. Manter um peso corporal adequado, praticar atividades físicas regularmente e ter uma alimentação balanceada, rica em frutas, vegetais e grãos integrais, são medidas eficazes para reduzir esse risco. Evitar o consumo excessivo de carnes processadas e gorduras saturadas também faz parte da estratégia preventiva. Além disso, parar de fumar e controlar a pressão arterial não são apenas atitudes importantes para a prevenção do câncer de rim; também contribuem para a saúde geral dos rins e de todo o organismo.
Outro pilar fundamental para a prevenção é o autocuidado. Isso inclui manter hábitos saudáveis, prestar atenção aos sinais do corpo e realizar consultas médicas regulares, especialmente no caso de pessoas com histórico familiar da doença ou outros fatores de risco. A ingestão adequada de água também é um ponto importante, pois boa hidratação contribui para o funcionamento dos rins e ajuda a prevenir outros problemas, como os cálculos renais.
A informação e a conscientização têm papel central no enfrentamento do câncer de rim. Promover o o a exames de rotina e incentivar a realização de check-ups são estratégias indispensáveis para o diagnóstico precoce e o sucesso do tratamento.
Cuidar da saúde dos rins é cuidar da vida. Com informação de qualidade, hábitos saudáveis e acompanhamento médico regular, é possível mudar o panorama do câncer de rim no Brasil, promovendo mais qualidade de vida para todos.
